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MUNICÍPIO

O município de Itaparica é situado ao norte da Ilha que possui o mesmo nome, localizada no coração da baía de Todos os Santos, a vinte quilômetros de Salvador. A cidade possui uma grande diversidade de bens naturais, a exemplo de manguezais, praias, fontes hidrominerais, e mata atlântica, além do rico patrimônio cultural, como terreiros de religiões de matrizes africanas, igrejas barrocas, fortificação do século XVII, grupos culturais, e festas tradicionais religiosas e populares.

A ilha foi desmembrada do município de Salvador com o nome de “Denodada Vila de Itaparica” por um Decreto Imperial do dia 25 de outubro de 1831. Com uma área de 116 Km² e com uma população estimada de 22.337 habitantes (IBGE, 2020), a cidade de Itaparica apresenta especificidades culturais que inspiraram o escritor itaparicano de renome internacional João Ubaldo Ribeiro no seu livro “Viva o povo brasileiro”, romance histórico ambientado na ilha, cuja a leitura é indispensável para entender os segredos e mistérios do peculiar universo da região.

O clima úmido, com temperatura média-anual de 25,3ºC, e a beleza das suas praias banhadas de uma água cristalina, morna e tranquila, fizeram da ilha um dos primeiros destinos turísticos do Brasil, desde a sua descoberta.

A ocupação portuguesa se iniciou em 1509 com a chegada de Diogo Álvares Correia, o Caramuru, que casou-se com a índia Paraguaçu, batizada posteriormente por Catarina, filha do Cacique Taparica, no período em que a ilha era habitada pelos índios tupinambás.

A origem do nome da ilha possui várias versões. Uma delas diz que a ilha foi batizada pelos portugueses porque a região parecia com as terras de “Caparica”, povoação às margens do Rio Tejo, em Portugal. Outra versão é que o nome é oriundo de “Itapari”, em alusão a corda de recifes que protege a costa oceânica. Também se conta que tem origem no nome Taparica, que era o cacique da região.

A plantação de cana de açúcar, a criação de gado bovino e a pesca foram as primeiras atividades econômicas do local. Já em 1603 inicia-se a caça às baleias na baía, atividade que se estendeu até o século XX e virou a principal atividade econômica da região.

Em 1647 os holandeses ocuparam a ilha, permaneceram por quase um ano e construíram o primeiro forte da ilha.

No dia 7 de janeiro de 1823, no ano posterior ao grito de Independência por D. Pedro I no 7 de setembro, a população da ilha foi vitoriosa em uma batalha crucial na guerra da independência do Brasil na Bahia, impedindo a retomada da ilha pelo exército lusitano. O acontecimento é comemorado com fervor até hoje, através de cortejos onde se destaca a imagem de madeira do Caboclo Tupinambá.

No centro histórico encontram-se vários casarões antigos, entre eles a Igreja Matriz do Santíssimo Sacramento (1794), a Igreja de São Lourenço (1610), o Forte São Lourenço (1711) e o Solar do Rei (1606) que hospedou o então futuro rei D. João VI e os imperadores D. Pedro I e D. Pedro II durante visitas ao Recôncavo Baiano.

Perto da marina encontra-se a Fonte da Bica, a única instância de água mineral a beira mar de toda América Latina, construída no século XIX, que, além da sua elegante arquitetura, possui uma água mineral apreciada desde o século XVI, que, segundo o ditado popular local, “faz velha virar menina”.

Outra particularidade de Itaparica é o Terreiro Egungun Omó Ilê Agboulá, o único tombado pelo IPHAN, no qual é praticado o culto aos Eguns (ancestrais desencarnados), tradição trazida da região que hoje corresponde a Nigéria e ao Benin, na costa ocidental da África, o que revela o quanto Itaparica é uma terra pluricultural, integrando os vários elementos de formação da nação brasileira.

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